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[Fonte da Mealhada - Foto: Cristiania Bastos]

 

Época termal
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Indicações

Patologias do aparelho digestivo.“…é uma água muito boa para beber, de Verão é muito fresquinha, e de Inverno é muito leve…(utente).


Tratamentos/ caracterização de utentes

Usa-se por ingestão como água de mesa, recolhida na fonte, ou comercializada com a denominação “Vitalis”.

 

Instalações/ património construído e ambiental

Ao fundo de uma calçada larga ergue-se o Chafariz monumental, à sua esquerda encontra-se a "Vitalis" como é conhecida localmente a empresa de águas de Castelo de Vide SA, constituída por pavilhões pré-fabricados, obra recente de renovação da empresa.
À direita do Chafariz quintais de vivendas, por detrás da fonte, na encosta de declive suave, um baldio onde a Câmara projecta construir um novo estabelecimento termal.       

O chafariz tal como se apresenta é uma obra em cantaria de granito do séc. XVII, embora as carantonhas das 4 bicas, esculpidas em mármore sejam do séc. XVI. Trata-se de uma obra com fachada rectangular de grandes dimensões, no centro um escudo em mármore, por cima um frontão triangular com uma cruz no vértice, com a data de 1699. O tanque, corrido a todo o comprimento da fachada, recebia a água das quatro bicas, actualmente só de uma jorra água.

 

Natureza

Bicarbonatada Cálcica e magnésia     

 

Alvará de concessão

1920 – Alvará de concessão de 13 de Novembro.

1944- Alvará de Transmissão, de 13 de Março, a favor da Empresa das Águas Alcalinas Medicinais de Castelo de Vide Lda.

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Historial

A fonte da Mealhada pode orgulhar de ter sido objecto de uma das primeiras medida legislativa portuguesa para protecção de uma água medicinal, em 1536 uma Provisão Régia proíbe a construção de “tintes” (tanques de tintura), junto da fonte, afamada pelas suas virtudes medicinais.
Mencionada na “Corografia Portuguesa” de 1706, os quem dela bebem “são isentos de dor nefrítica”, notícia repetida no“Aquilégio” (1726), onde se referia ainda que esta água era “excelente para o uso comum”.
Em 1918 Charles Lepierre, analisa esta água, classificando-a de Hipossalina, carbonatada cálcica e magnésia, levemente cloro sulfatada litínica 
Em 1920 Câmara de Castelo de Vide obtêm a concessão da nascente mas a sua exploração só se viria a concretizar com o Alvará de Transmissão, passado em 1944 a favor da Empresa das Águas Alcalinas Medicinais de Castelo de Vide, que construiu uma oficina anexa à fonte, mas deixando sempre para utilização pública as bicas da fonte da Mealhada. Em 1972 esta empresa foi adquirida pela Companhia União Fabril Portuense, a partir de 1991 a sua exploração passou para a Unicer, continuando com a tradicional “uso público” da Fonte da Mealhada, como nos referiu um utente: Ela é captada por furo dentro da fábrica, de onde vai para depósitos. Quando há limpeza nos depósitos da fábrica a água deixa de correr aqui. Como esta bica é pública, vem para aqui um funcionário dizer para as pessoas irem lá dentro encher os garrafões. Uma vez que esta água é da mesma, que se compra não restam dúvidas.   Mas Castelo de Vide é terra de boas águas, na vila e nas suas redondezas contam-se 14 fontes, a algumas são lhe atribuídas qualidades curativas: A água que faz bem aos diabetes não é esta. A da Fontinha, à beira da vila, junto das muralhas, essa, é boa para a Tensão. A dos Diabetes é aquela já na saída para Lisboa, não é aquela do Martinho (Fonte Nova), é a outra depois, que tem um tanque para lavar roupa” (informante).

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Alojamentos

Dois Hotéis, residenciais, pensões e turismo de habitação.

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Recortes

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Bibliografia

Acciaiuoli 1944, Alcântara 1944, Calado 1995, Coelho 19..?, Contreiras 1937, Correia 1922, Costa 1706, Henriques 1726, Lepierre 1918, Mendonça 1920, Narciso 1930, Narciso 1930, Le Portugal Hydrologique et Climatique 1930-42.

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Dados gerais

Distrito
Portalegre

Concelho
Castelo de Vide

Freguesia
S.João Baptista       

Povoação/Lugar
No tecido urbano, junto da empresa Águas de Castelo de Vide SA . Grupo Unicer. 

Localização
Na zona Sul do aglomerado urbano, onde estão instalados outros estabelecimentos públicos: escolas e cemitério, além dos jardins, com vista para o vale que separa a vila da última Serra da cordilheira de S.Mamede.  

Província hidromineral
B / Bacia hidrográfica do Rio: Tejo      

Zona geológica
Maciço Hespérico- Zona Centro Ibérica

Fundo geológico (factor geo.)
Rochas Magmáticas, ácidas e intermédias (gratinóides)    

Dureza águas subterrâneas
50 a 200 mg/l de CaCO3

Concessionária

A exploração da nascente da Mealhada, assim como do Ribeirinho pertencem à Unicer, que deixou de uso público a Fonte da Mealhada

Telefone
n.d.

Fax
n.d.

Morada
n.d.

E-mail / site

n.d.

 

 


A recolha de água na fonte(foto Cristiania Bastos)