Tipo de exploração:
Para ingestão - sem uso
Natureza da água:
Sulfidricada
Indicações:
Doenças do aparelho digestivo
[Um poço de respiração da mina]
Época termal
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Dispepsias, gastrites, anemias (Contreiras, 1951)
Tratamentos/ caracterização de utentes
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Instalações/ património construído e ambiental
A mina do forte Lippe terá sido transformada em fonte do Marechal na década de 40, hoje é uma estrutura abandonada, onde já não corre água, mas esta é denunciada pela vegetação do local onde os choupos marcam presença a meia encosta de um monte sem outra vegetação que não seja um mato rasteiro. Não só os choupos marcam a presença da água, a 10m do conjunto da fonte do Marechal, da direcção do forte, um poço ou respirador da antiga Mina, guarda a 5m abaixo do solo uma boa quantidade de água cujo profundidade não conseguimos perceber, mas que pela diferença de níveis entre a fonte e o “poço” deverá rondar os 10m.
Quanto à fonte do Marechal, encontra-se actualmente coberta por silvado, o centro corresponde ao antigo frontão de onde corria a água, do lado direito os restos de tanque. Do lado esquerdo um construção cúbica em cimento armado, abaixo do nível do solo cercada por alta rede de segurança, pensamos tratar-se de um depósito, mas ao descermos ao seu interior, deparamos num espaço cúbico de cerca de 4x4x4m, com restos de uma instalação eléctrica, a cerca de 50cm do solo dois tubos ou bicas de água. Que função teria este espaço, onde se mistura água com electricidade? O Forte serviu durante o regime de Estado Novo, como presídio militar, seria uma sala de castigos prisionais?
Natureza
Sulfidricada ferruginosa (Contreiras, 1951)
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É citada Nuno da Costa Bravo Bocarro “ Relação de uma água aparecida no centro da Serra da Graça e existente em uma mina do forte de La Lipe no ano de 1784, agora mais aumentada e rica de observações, por mandado do Príncipe N.S. que Deus guarde, em 1786”. Segundo este autor a descoberta da nascente deve-se a “um soldado foi buscar água á mina...para lançar num refogado, que em azeite cozinhava, e viu tornar-se num líquido com aspecto de leite” .
Em 1846 o jornal dos Facultativos Militares publicava um artigo com o título ”Forte de Lippe - Exame analítico de uma água reputada universal , por F.M. Desidério Pacheco. (cit.Acciaiuoli, 1944/II,143)
Sobre esta nascente diz Lopes (1892) “Ai a cerca de 320m de altitude, dentro das muralhas do forte Lippe, junto ao ribeiro de Lindes, brotava uma fonte minero-medicinal pouco importante e hoje quase perdida […] Segundo a análise do cirurgião militar A.G. do Valle conteria ferro ( principalmente no estado de protoxido). “
O médico hidrologista Alfredo Luís Lopes (1892) não visitou os locais das nascentes que descreveu, isso se tem comprovado ao longo das visitas efectuadas a nascentes, aqui é mais flagrante, pelas seguintes razões: Dentro do forte não existe nenhuma nascente, mas sim cisternas, que aproveitam toda as águas pluviais da fortificação; a fonte não se encontra nem sequer perto da ribeira, está a meia encosta, o ribeiro corre numa cota de cerca 150m abaixo da nascente e é um subafluente da Ribeira de Cela que por sua vez vai desaguar no Rio Caia.
O antigo Presídio do Forte da Graça deixou de estar sobre a alçada do Ministério da Defesa em 1982, passando para a tutela do IPPAR, com projecto de recuperação do imóvel, com obras ainda não começadas. A fonte nos tempos de presídio ficou associada a um castigo, como nos contou o 2º Comandante do R-18: Dentro do Forte não há nenhuma nascente, toda a água é captada numa cisterna, ou seja um bom aproveitamento da água da chuva. Aliás um dos castigos que se davam no tempo em que o forte foi presídio, era obrigar os prisioneiros a carregarem água da fonte até ao forte, ainda é perto de 1km em subida.
Em Elvas de todos os tipos e para todas as bolsas
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Acciaiuoli 1944, Bocarro 1786, Carvalho 1920, Cidraes 1904, Contreiras 1937, Contreiras 1951, Félix 1877, Pacheco 1846, Lopes 1892, Vale 1845, Água mineral do forte de Lippe 1848, Le Portugal Hydrologique et Climatique, 1930-42.
Freguesia
Alcaçova
Povoação/Lugar
Monte da Graça
Localização
Na encosta norte do monte da Graça. Antes da porta de armas do forte da Graça toma-se uma velha calçada à esquerda do largo, num percurso de 1km em descida, chega-se ao lugar da fonte do Marechal, na encosta oposta ao da subida para o forte.
Província hidromineral
A / Bacia hidrográfica do Rio: Guadiana
Zona geológica
A / Bacia hidrográfica do Rio: Guadiana
Fundo geológico (factor geo.)
Zona Ossa – Morena; Afloramentos de rochas Mágnaticas, Basalto
Dureza águas subterrâneas
300 a 400 mg/l de CaCO3
Concessionária
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Telefone
n.d.
Fax
n.d.
Morada
n.d.
E-mail / site
n.d.
“Das termas aos "spas": reconfigurações de uma prática terapêutica”
Projecto POCTI/ ANT/47274/2002 - Centro de Estudos de Antropologia Social e Instituto de Ciências Sociais