AVISO: A informação disponibilizada neste site tem como data de referência o ano 2002 e pode encontrar-se desactualizada.


[A fonte do Gago. A construção à esquerda deverá corresponder à antiga oficina de engarrafamento]

 

Época termal
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Indicações

Fonte do Gago: Aparelho digestivo e nutrição (Contreiras, 1951). Actualmente esta nascente encontra-se poluída, a população utiliza a Fonte do Lavadouro, com uma água que consideram leve e digestiva.

Tratamentos/ caracterização de utentes

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Instalações/ património construído e ambiental

A Fonte do Coxo deverá corresponder à nascente de água que em finais do séc. XVIII e XIX tiveram grande divulgação em Lisboa. Actualmente as águas brotam de um fontanário simples abaixo do nível do solo, com a inscrição “C.M. B. – 1840”, ou seja antes da extinção do concelho de Belas e sua inclusão no concelho de Sintra. Ainda sobre o fontanário o aviso: “Água não potável”
A cerca de 10m, na base de um pequeno monte o que resta da antiga mina de água, e, possivelmente da própria oficina de engarrafamento, não é mais do que uma fossa céptica. 

A fonte do Lavadouro, tem uma bica de água, correndo o excesso de água para um grande tanque de lavagem com cobertura em grande arco de cimento, todo o conjunto foi reformado em 1985 conforme a placa que se encontra sobre a bica: “Construída com o apoio do povo e da Junta de Freguesia de Belas 1985”. A procura desta água era então grande o que levou a junta de Freguesia a colocar outra placa: “Não é permitido encher mais de três vasilhas alternado - JFB”

 

Natureza

Fonte do Gago: Sulfatadas férreas, cloretadas cálcicas, frias, hipossalinas (1,51g) (Correia, 1922)

Sulfatada, cloretada cálcica (Contreiras, 1951) 

    

Alvará de concessão

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Historial

Citadas desde do séc. XVIII, referenciadas pelo médico João Nunes Gago que  apresentou uma Memória sobre esta nascente à Academia das Ciências, em 1780. Foram também referenciadas no Almanaque de 1794, publicação anual de divulgação (cit. Acciaiuoli 1944/II,.98)
Na “Gazeta de Lisboa” de 15 de Janeiro de 1799, publicou um avisou que havendo muitas falsificações com esta água, no futuro só se venderia em garrafas de meia canada, rolhas betumadas e um bilhete impresso com a designação “Água Férrea – Venda Seca” (cit. Acciaiuoli 1944/II,.98)
A 24 de Maio a mesma Gazeta noticiava que a princesa D.Maria Francisca Benedita tinha experimentado grandes melhoras com o uso desta água.
Em 1796, José Martins da Cunha Pessoa enviou à Academia Real das Ciências o manuscrito “Experiências sobre as águas férreas da Venda Seca”. 
Em 1835 Bernardino António Gomes, procede a uma nova análise, Composição química das águas férreas, ditas do Jences, na Venda Seca, 1835
Lopes (1892) também refere esta águas na “Quinta de Janses, existe uma grande profunda mina de água férrea, que borbulha de uma rocha de quartzo e pirite…”   

Estes autores deviam-se referir à actual fonte do Coxo, poluída por esgoto doméstico, esquecida dos moradores da Venda Seca que só recorrem à nascente do Lavadouro pela sua água fresca e leve.

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Alojamentos

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Recortes

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Bibliografia

Acciaiuoli 1944, Acciaiuoli 1947, Acciaiuoli 1948, Acciaiuoli 1949-50, Carvalho 1920, Contreiras 1937, Contreiras 1951, Correia 1922, Gago 1780, Gomes 1835,Lopes 1892, Pessoa1796, Pereira 1843, Pinto 1818, Le Portugal hidrologique e Climatique 1930-42, Gazeta de Lisboa:nº3 de 15 de Janeiro de 1799; nº 21 de 24 de Maio de 1799; nº 90 de 14 de Setembro de 1809; nº 197 de 21 de Agosto de 1817.

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Dados gerais

Distrito
Lisboa

Concelho
Sintra

Freguesia
Belas        

Povoação/Lugar
Venda Seca 

Localização
No lado norte de Venda Seca, no final da rua do Bonjardim encontra-se a Fonte do Lavadouro, a esquerda deste largo a rua da Fonte do Coxo, no seu final a nascente com o mesmo nome.  

Província hidromineral
A / Bacia hidrográfica do Rio Tejo      

Zona geológica
Orlas meso- Cenozoicas 

Fundo geológico (factor geo.)
Rochas sedimentares (carbonatadas) – calcários     

Dureza águas subterrâneas
200 a 400 mg/l de CaCO3

Concessionária

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Telefone
n.d.

Fax
n.d.

Morada
n.d.

E-mail / site

n.d.

 

 


Fonte do Lavadouro




Bica da Fonte do Lavadouro